Cinta pós-parto: Funciona? Quando usar? Quais os cuidados?
Esclareça todas as suas dúvidas sobre a cinta pós-parto, veja os cuidados ao usar e mais
O uso da cinta pós-parto levanta muitas questões entre as mamães. Várias mulheres têm dúvidas a respeito de quando e por quanto tempo a peça deve ser utilizada após a gestação. Os questionamentos também são relacionados aos cuidados a serem tomados para que a cinta não cause nenhum problema no corpo.
Ainda há variações quanto às recomendações acerca do uso da cinta destinada às mulheres que tiveram partos normais ou cesáreas. As peças são vendidas em diferentes modelos e isso também pode fazer com que a mulher tenha dúvidas ao escolher qual o tipo mais adequado para o seu corpo.
Vamos esclarecer todas essas questões a seguir. Confira!
Cinta pós-parto dá resultado?
A cinta pós-parto pode auxiliar em alguns pontos, mas em outros, não. Diferentemente do que muitas mulheres imaginam, a peça não vai fazer com que o corpo feminino retorne mais rápido ao estado anterior à gravidez, já que a cinta não tem o objetivo de emagrecer.
A peça também não promove uma cicatrização mais rápida no caso de mulheres que passaram por uma cesariana. O ginecologista obstetra Marcos Arcader, explica que a cinta não apresenta propriedade terapêutica. “Por conta disso, usar a peça não fará com que o organismo da mulher volte ao normal mais rapidamente”, garante o médico.
A cinta serve para ajudar a mulher que acabou de ter um bebê a se locomover com maior facilidade. Ela poderá andar, sentar-se e levantar-se com menos dificuldade se usar a peça. Ela promove, ainda o fortalecimento do abdômen, deixando-o mais firme e fazendo com que a mulher se sinta mais segura ao se movimentar.
Se você não tiver condições de adquirir uma cinta, é recomendado que substitua a peça por faixas. No entanto, também é possível viver bem depois do parto sem usar esse item. O acessório não é considerado obrigatório para as mulheres que acabaram de dar à luz.
De que maneira ela funciona?
A peça é constituída de um tecido mais firme, por isso, quando a mulher veste, tem a sensação de maior firmeza na região abdominal. O uso é indicado no período depois do parto, com o principal objetivo de proporcionar maior segurança para algumas mamães.
Depois de dar à luz, muitas mulheres podem ter a sensação de que a barriga pós-parto está um pouco “solta”. Isso acontece porque é preciso algum tempo para que a região retorne ao tamanho que estava antes da gestação. Já que não há mais um bebê na barriga, é possível que elas sintam também uma espécie de vazio nessa região do corpo.
Em vista disso, como foi citado acima, uma das principais funções da cinta é diminuir a sensação de vazio ou de que o abdômen da mulher está solto. Apesar de muita gente acreditar que o acessório pode promover o emagrecimento, é preciso entender que a peça não tem o objetivo de fazer com que a mulher perca o peso que adquiriu durante a gestação.
Prós e contras
É necessário ter conhecimento de que, após o parto, o útero da mulher diminui de tamanho. Com isso, ele pode ficar mais desprendido dentro do abdômen. Essa alteração causa um pouco de desconforto e de insegurança para a mulher. Assim, a utilização da cinta oferece maior sensação de firmeza.
Apesar dessa indicação, há médicos que acreditam que o uso da cinta de forma constante dificulta o fluxo sanguíneo e impossibilita a movimentação dos músculos. Para esses especialistas, as características da peça atrapalham a recuperação do corpo da mulher depois do parto. Sendo assim, você deve consultar o seu médico para decidir se é melhor utilizar ou não a cinta.
Como utilizar a cinta pós-parto?
Depois de colocar a peça no corpo, é recomendado ajustá-la para que não fique muito apertada. Observe, também, se o jeito de vestir não está causando alguma dor. A intenção do uso da cinta é justamente proporcionar firmeza e segurança, não criar desconforto. O aperto demasiado desse acessório pode causar problemas de circulação na mulher.
Se você passou por uma cesariana e tem interesse em usar a cinta, é indicado que cubra a cicatriz com a peça. Caso a cinta fique posicionada abaixo da cicatriz, a região do corpo pode ficar inchada.
Quando devo começar a usar?
Alguns especialistas afirmam que as mulheres que realizaram parto normal não podem utilizar a peça nos primeiros 30 dias após darem à luz. Quem passou por uma cesárea e já apresenta alguma inflamação ou sangramento anormal na região do corte também não deve usar a cinta. A indicação é feita porque a região inflamada precisa receber ventilação, e a peça pode atrapalhar a melhora do problema.
Também não é recomendado utilizar o item logo após o parto, já que, nessa fase, é comum que a mulher apresente gases e também tenha um pouco de prisão intestinal. Dessa forma, o uso da cinta nessa situação poderia provocar ainda mais uma sensação desconfortável no corpo feminino.
Há diferença entre os modelos?
A peça pode ser vendida com várias opções de modelos para as mulheres que acabaram de se tornar mamães. Veja os principais tipos de cinta e saiba quais deles são os melhores para você!
Cinta com busto para o aleitamento materno: nesse modelo, a peça já conta com um sutiã destinado à amamentação do bebê. Dois tipos de cinta vêm com esse busto. Um deles é um body, com extensão até a virilha. Já a outra peça é um macaquinho e vem com um short.
Cinta sem pernas: esse tipo de cinta é semelhante a uma calcinha de cintura alta. A peça pode ser levada até a altura do umbigo ou chegar até a altura dos seios da mulher.
Cinta com pernas: nesse modelo de peça, o tecido vai até a região próxima aos joelhos. A cinta pode chegar até o umbigo ou até a altura dos seios.
Cinta com velcro: esse tipo é parecido com uma faixa espessa, que pode ser fechada na região do abdômen usando um velcro.
Preços
Os valores cobrados às mulheres para adquirir a cinta podem variar. Enquanto algumas delas custam R$ 40, há também aquelas que custam até oito vezes mais e chegam a R$ 350. Os diferentes preços dependem da marca e do tipo de cinta escolhido.
Como eleger o modelo mais adequado?
Por conta da quantidade variada de modelos, antes de escolher qual você deve adquirir, é importante analisar qual desses tipos vai se adaptar da melhor forma ao seu corpo e ainda qual é a sua expectativa em relação ao uso da peça.
A cinta com o sutiã pode ser uma opção confortável e segura, porque a mulher não precisará se preocupar com a peça saindo do lugar, o que pode ocorrer com outros modelos. No entanto, esse tipo pode ser menos prático do que outros, porque, muitas vezes, a mulher precisará trocar a cinta se o leite vazar e a parte do sutiã ficar suja, por exemplo.
O modelo que não tem tecido nas pernas pode ser um pouco desconfortável para mulheres que têm coxas mais grossas. No entanto, também pode ser uma boa opção, porque o preço costuma ser mais baixo, além de ser um modelo que oferece sustentação para o abdômen.
Caso você ainda não saiba se escolherá uma cinta com o tecido que cubra as pernas, deve avaliar se a peça se adequará ao seu biotipo e também ao clima da cidade em que você vive. Para as mulheres que têm quadris mais largos, pode ser mais prático um modelo sem pernas, já que ele não aperta essa região do corpo.
No caso da mulher que apresenta retenção de líquidos, por exemplo, o modelo com tecido que vai até abaixo dos joelhos pode ser mais adequado, evitando que as pernas fiquem inchadas. Contudo, se você mora em uma região do país em que faz muito calor, talvez usar uma cinta com tecido até as pernas não seja a melhor opção.
Por sua vez, as peças que contêm velcro permitem um ajuste mais fácil para a mulher. Além disso, cintas produzidas com tecidos mais naturais e sem arames têm menor probabilidade de causar alergias.
Também pode ser mais prático optar por um modelo que tenha abas, caso você use um tipo de cinta que cubra a virilha ou as coxas. Uma peça com abertura embaixo poupará o seu esforço em retirar e colocar a peça de volta e facilitará a sua ida ao banheiro.
Qual tamanho devo escolher?
A mamãe deve optar pelo tamanho que for mais ajustado à estrutura do seu corpo. Ela deve ficar atenta para perceber se a peça está apertando muito a região da barriga e está realmente confortável aos seus movimentos.
Para fazer essa escolha da melhor maneira, é indicado que a mulher vá até a loja para experimentar o produto. Assim, ela poderá escolher uma cinta que não incomode depois de comer e não atrapalhe sua respiração. Para ter certeza se vestiu a melhor opção, é indicado ingerir um lanche e observar qual é a sensação na região.
As mulheres que acabaram de dar à luz também não devem escolher peças ajustadas demais, para afinar a cintura, porque o aperto na região dificulta a contração natural dos músculos abdominais. Com isso, a mulher pode sofrer com o efeito inverso e acabar com flacidez na altura da barriga.
Quais cuidados tomar ao usar?
É preciso ter alguns cuidados importantes na hora de vestir a cinta pós-parto. O primeiro deles é saber quando fazer isso. No caso de mulheres que passaram por um parto normal, a recomendação é esperar um mês para começar a vesti-la.
As mamães que passaram por uma cesária também devem evitar a cinta nos primeiros dias após darem à luz. A mulher ainda não deve vestir o item quando os pontos da cirurgia estiverem infectados ou sangrando. Da mesma forma, aquelas mulheres que passaram por esse procedimento no parto devem ficar atentas para que a cinta cubra toda a cicatriz.
Os cuidados com a peça também incluem o seu manuseio depois do uso. Para que o item tenha maior duração, é indicado que seja lavado à mão e não na máquina para que ela não perca a sua capacidade de compressão.
Se o item for lavado na máquina, também pode apresentar esgarçamento ou até mesmo encolhimento. Ao lavar a peça à mão, é possível garantir sua qualidade e prolongar sua vida útil.
Quais as principais vantagens?
O benefício que chama mais atenção no uso da cinta é que esse item oferece maior segurança para a mulher praticar as atividades diárias e, dessa maneira, se movimentar com mais conforto. Isso pode ajudar quem acabou de dar à luz e ainda se sente insegura ao sentar-se e ao levantar-se, por exemplo.
O uso da cinta também pode ajudar a evitar que a mulher sinta dores na coluna —problema geralmente registrado após o parto. Esse incômodo acontece frequentemente, porque, nesse momento, os músculos abdominais ainda estão mais fracos.
Outra vantagem da cinta é deixar a silhueta mais bonita e contribuir para a autoestima, além de proporcionar o aumento do bem-estar da mulher. É importante pontuar também que o uso da peça evita a formação do seroma, que pode acontecer com as mamães que acabaram de passar por cesáreas.
Até quando usar a cinta pós-parto?
É recomendado que as mulheres utilizem a peça em um período de até três meses. Depois desse intervalo de tempo, a mulher é liberada para a prática de exercícios físicos, podendo tonificar especialmente a região do abdômen. O uso da cinta, nesse caso, poderia prejudicar o fortalecimento dessa musculatura.
As diversas opções de cinta podem oferecer condições de conforto que se adéquam ao corpo das mamães. Também é indicado que a mulher fique atenta aos cuidados para que esse item não provoque nenhum incômodo no seu corpo. Dessa forma, a mulher poderá escolher o modelo mais apropriado e se sentir bem mais segura depois da gestação.
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