O que é considerado prematuridade? Confira as principais características
Conheças as causas, características e cuidados necessários nos casos de prematuridade do bebê
Você sabe dizer quando um bebê é considerado prematuro? A prematuridade acontece quando, por algum motivo, a gravidez é interrompida de maneira precoce, levando o bebê a nascer antes do tempo considerado normal. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 340 mil bebês nascem prematuros no Brasil todos os anos, o que corresponde a 12% dos partos.
São diversas as razões que podem resultar no parto prematuro, sendo elas relacionadas à saúde da mãe ou do bebê. Para que você possa entender melhor sobre o assunto, preparamos este post especial para explicar o que é prematuridade, quais as características e possíveis complicações que o bebê prematuro pode apresentar. Além de quais os cuidados necessários para que ele possa se desenvolver da melhor forma.
Entenda também o que pode ser feito para evitar o nascimento precoce da criança, qual a diferença entre idade corrigida e idade cronológica e por que é importante usar a idade corrigida no caso dos bebês prematuros. Boa leitura!
1. O que é prematuridade?
Quando o bebê nasce antes de completar 37 semanas de gestação, ele é considerado prematuro. Ao nascer antes do tempo esperado, as chances de que ele venha a sofrer complicações são maiores, o que exige a necessidade de cuidados especiais com o pequeno.
As últimas semanas do bebê no ventre materno (entre 35 a 42 semanas) são fundamentais para que ele ganhe peso e alcance o desenvolvimento completo. Sendo assim, passar menos tempo dentro da barriga do que o considerado ideal faz com que ele venha ao mundo sem que seus órgãos e funções estejam completamente maduros.
Felizmente, graças aos avanços na tecnologia e assistência dada ao recém-nascido, as taxas de sobrevivência aumentam a cada ano. Chegando a 90% para os nascidos com apenas 28 semanas.
São vários os motivos que podem levar ao nascimento antes do tempo, sendo eles muitas vezes relacionados às condições de saúde da mãe. Entre os principais fatores da prematuridade, podemos citar:
- histórico de nascimentos prematuros;
- gravidez múltipla;
- infecções;
- diabetes gestacional;
- pré-eclâmpsia ou eclâmpsia;
- distúrbio da tireoide;
- hipertensão arterial;
- má nutrição durante a gravidez;
- poucos cuidados pré-natais;
- problemas no coração;
- deslocamento prematuro da placenta ou placenta prévia;
- uso de técnica de reprodução assistida (fertilização in vitro);
- idade da mãe (mulheres muito jovens ou mais velhas).
Apesar de esses sintomas serem considerados fatores de risco para a prematuridade, a maioria das mulheres que dão à luz a um bebê prematuro não apresentam nenhum deles. Além disso, mesmo sendo mais comum que a prematuridade tenha relação com a saúde materna, algumas condições do bebê também podem ser a causa. Como na ocorrência de algum tipo de malformação fetal ou síndrome genética, por exemplo.
A classificação do bebê ocorre de acordo com a semana em que ele nasce, como mostramos a seguir:
- moderadamente prematuro (ou prematuro limítrofe): entre 35 e 37 semanas, pesando entre 2.000 a 3.000 gramas;
- muito prematuro: entre 30 e 34 semanas, pesando entre 1.000 e 2.500 gramas;
- prematuro extremo: entre 26 e 29 semanas, pesando entre 750 e 1.200 gramas;
- microprematuro: antes de 26 semanas, pesando menos de 750 gramas.
Os bebês nascidos antes de 28 semanas apresentam uma saúde mais fragilizada, o que faz com que o risco de vida seja maior do que no caso daqueles que nascem depois. Apesar de a maioria dos prematuros se desenvolver sem nenhum tipo de dificuldade em longo prazo, há situações em que eles podem demonstrar algum atraso de desenvolvimento e distúrbios de aprendizagem.
2. Quais são as características de um bebê prematuro?
O bebê prematuro geralmente apresenta um peso abaixo do considerado normal, o que ocorre porque ele ainda não alcançou o desenvolvimento ideal. Os que nascem com o peso abaixo de 2kg são considerados baixo peso. Enquanto os nascidos com menos de 1,5 são muito baixo peso e os que apresentam peso menor que 1kg extremo baixo peso.
Além do baixo peso, seus órgãos ainda são frágeis e imaturos, o que exige todo um cuidado para que eles possam amadurecer biologicamente fora do útero. Quanto mais cedo o bebê nasce, maiores são as chances de apresentar um aspecto físico diferente, como:
- pele mais fina, brilhante e de tonalidade rosada;
- lanugo (fina penugem recobrindo a pele);
- cabeça maior que o corpo;
- veias visíveis;
- orelhas levemente curvadas e finas;
- baixa quantidade de gordura corporal.
Outras características que o bebê prematuro pode apresentar, além da aparência física, vão desde a respiração irregular e mais rápida até a dificuldade para sugar o leite materno, dificultando sua recuperação nutricional. Ele também pode ter movimentos reduzidos, músculos menos desenvolvidos e dificuldade para manter-se aquecido.
3. Qual é o tratamento de um bebê prematuro?
O tratamento vai depender do tipo de complicação que o recém-nascido prematuro pode vir a apresentar. Os riscos de complicações são maiores de acordo com o grau de prematuridade do bebê. Vamos conferir, a seguir, algumas situações e o tratamento para cada uma delas.
Apneia
O bebê prematuro geralmente não tem controle sobre sua temperatura corporal, o que pode levá-lo a passar por períodos de apneia. Esse quadro é caracterizado por uma pausa na respiração por mais de 20 segundos e pode provocar sequelas no sistema nervoso central no recém-nascido.
Uma maneira de evitar que isso aconteça é mantê-lo na incubadora, permitindo que a temperatura corporal ideal seja mantida. Outras causas que podem levar à apneia são a imaturidade do sistema respiratório e os quadros de convulsão.
Problemas respiratórios
Como os pulmões são os últimos órgãos a se desenvolverem, é comum que o bebê apresente algum problema respiratório. Sendo assim, a oxigenação poderá ser feita pela incubadora ou usando um ventilador, até que os pulmões amadureçam o suficiente.
Problemas cardiovasculares
Outra situação que pode afetar os prematuros é a pressão arterial baixa, bem como o não fechamento do duto arterioso que faz a ligação entre o coração e a aorta após o parto. Caso o duto não feche por conta própria com o passar do tempo, é necessário tratar com medicamentos para evitar a falência do coração.
Icterícia
A icterícia ocorre quando o fígado do bebê ainda não é capaz de eliminar pela urina o excesso de bilirrubina no sangue (pigmento formado a partir de glóbulos vermelhos). Dessa forma, a pele do bebê adquire uma tonalidade amarelada. Em geral, a icterícia não traz nenhum tipo de complicação. Entretanto, há casos em que o bebê pode apresentar outros sintomas, como apatia, febre e até mesmo convulsões.
O tratamento para icterícia em prematuros geralmente é feito por meio da fototerapia, na qual o bebê é exposto a uma luz fluorescente. Em casos raros, o bebê precisa passar por transfusões sanguíneas.
Retinopatia da prematuridade
Esse quadro é caracterizado pelo crescimento desordenado dos vasos sanguíneos localizados na retina do recém-nascido. O tratamento é feito com uso de laser, o que tem como objetivo evitar o deslocamento da retina. É fundamental que o diagnóstico e o tratamento sejam realizados de maneira adequada para evitar complicações.
Prevenção de hemorragia cerebral
No caso de o médico constatar que existe a expectativa de que o bebê nasça muito prematuro, ele pode aplicar injeções de corticosteroide na mãe. Esse procedimento tem como objetivo fazer com que o desenvolvimento dos pulmões do bebê, ainda no ventre, acelere, prevenindo que ocorra uma hemorragia intraventricular (sangramento cerebral).
Em situações como essa, mais do que nunca é necessário que a gestante sinta-se segura e tranquila. O ideal é que, quando o nascimento do bebê for inevitável, ela seja conduzida em um parto humanizado, que beneficiará a ambos.
4. Como evitar a prematuridade?
Uma das melhores maneiras de diminuir os riscos de o bebê nascer prematuro é fazer o pré-natal desde o início da gestação e tomar todos os cuidados recomendados pelo obstetra. Alguns medicamentos podem ser dados à mãe para retardar o nascimento por um breve período, retardando também as contrações ou fazendo com que elas cessem.
Além disso, existem alguns fatores que podem contribuir para a prematuridade. Sendo assim, os riscos de que o bebê nasça antes do tempo esperado podem ser reduzidos quando a mãe os evita.
Manter uma boa alimentação
A má alimentação pode levar a gestante a desenvolver uma anemia durante a gravidez. Além de prejudicar a si mesma, o corpo da mãe não terá condições de fornecer ao bebê os nutrientes necessários para seu correto desenvolvimento. Como consequência, isso pode levar ao sofrimento fetal, aumentando as chances de um parto prematuro.
A melhor maneira de evitar que isso aconteça é manter uma alimentação saudável e balanceada, incluindo especialmente alimentos ricos em ácido fólico e ferro. Alguns deles são os vegetais de folhas verde-escuras, leguminosas, castanhas, fígado, peixes e ovos.
Hidratar-se adequadamente
Beber muito líquido para manter-se devidamente hidratada é fundamental em qualquer momento da vida, sendo ainda mais importante na gravidez. Quando isso não acontece, há o risco de o bebê nascer prematuro, já que não ocorre uma produção adequada da quantidade de líquido amniótico.
A desidratação ainda pode trazer outras sérias complicações, como defeitos no tubo neural do bebê. Para evitar que isso aconteça, o indicado é ingerir entre 8 a 12 copos de água diariamente. Sucos feitos com frutas cítricas, como a laranja, acerola e abacaxi, também são recomendados.
Evitar excesso de açúcar
A quantidade excessiva de açúcar no sangue pode levar ao nascimento prematuro, aumentando a produção de líquido amniótico (o que pode levar ao polidrâmnio) e o crescimento do bebê no ventre. Isso ocorre porque, durante a gestação, a insulina (hormônio que ajuda a reduzir a quantidade de glicose na corrente sanguínea) é bloqueada pelos hormônios produzidos pela placenta, resultando na chamada diabetes gestacional.
Não fumar ou ingerir álcool
O fumo prejudica a oxigenação do bebê no ventre e o seu desenvolvimento. Ele também faz com que a gestação seja interrompida antes da hora, levando ao trabalho de parto. Além do fumo, é importante entender que não existe uma quantidade mínima de bebida alcoólica que seja considerada segura durante a gravidez.
Se a mãe ingere álcool, ele passa diretamente para a placenta, afetando o bebê. Além de poder levar ao nascimento prematuro, o álcool presente na corrente sanguínea da mãe ainda pode gerar problemas no desenvolvimento do bebê e malformações.
Evitar o estresse
O estresse faz o corpo aumentar a produção do hormônio cortisol, o que acaba interferindo na gestação e pode levar ao nascimento prematuro do bebê. Isso acontece porque a presença desse hormônio antecipa as contrações uterinas, muitas vezes resultando em um parto antes da hora. Sendo assim, procure combater o estresse com a prática de atividades físicas leves, boas noites de sono e uma pausa para descanso sempre que necessário.
Manter o peso ideal
A obesidade aumenta o risco de a gestante sofrer com pressão arterial elevada e diabetes, fatores que aumentam as chances de parto prematuro. Por esse motivo, o recomendado é tentar manter o índice de massa corporal (IMC) dentro da média durante a gravidez.
5. Como funciona o aleitamento com o bebê prematuro?
Como o bebê prematuro, normalmente, mostra-se mais sonolento, talvez haja a necessidade de acordá-lo na hora de mamar. Ao ser posicionado na mama, ele deve ser estimulado, já que pode ter dificuldade para coordenar a sucção e a deglutição. Assim, há a possibilidade de o tempo de mamada ser mais longo do que o normal.
Caso o recém-nascido tenha dificuldade para se alimentar, pode ser necessário retirar o leite usando uma bombinha. Na hora de oferecer ao bebê, o mais indicado é usar um copinho.
Porém, é importante ressaltar que o bebê poderá ser alimentado com o leite materno apenas quando demonstrar reflexos de mamar e deglutição. Como o recém-nascido prematuro ainda é muito pequeno e não tem a maturidade suficiente para sugar o leite, muitas vezes é necessário que a alimentação seja feita por meio intravenoso.
Dessa forma, um tubo é inserido pelo nariz até o estômago, por onde o leite materno poderá ser administrado até que o bebê desenvolva o reflexo de sugar e engolir. A própria mãe pode ser a responsável por oferecer o alimento ao seu bebê por meio da sonda. A sucção do recém-nascido deverá ser estimulada por profissionais, que avaliarão quando o bebê será capaz de alimentar-se sem ajuda da sonda.
6. Quais os cuidados necessários com bebês prematuros?
Geralmente, o bebê que nasceu prematuro precisa ser colocado em uma incubadora e receber os cuidados médicos específicos em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), onde será atendido por uma equipe multidisciplinar. Na UTIN, o recém-nascido receberá um monitoramento constante de seus sinais vitais, como batimentos cardíacos e pressão arterial.
Os profissionais envolvidos são nutricionistas, fonoaudiólogos e fisioterapeutas, responsáveis por avaliar a necessidade nutricional do bebê e trabalhar com problemas relacionados à deglutição, respiração e movimentos do recém-nascido. Além disso, esses profissionais podem solicitar alguns exames, como:
- ultrassom para avaliar os órgãos internos;
- exame de sangue para avaliar os níveis de glicose, bilirrubina e cálcio;
- exame oftalmológico;
- ecocardiograma (ultrassom do coração);
- hemogasometria arterial (avalia os pulmões ao analisar a concentração de oxigênio no sangue).
7. O que é idade corrigida e idade cronológica?
Uma dúvida bastante comum entre pais de bebês prematuros é em relação à sua idade cronológica e idade corrigida. Em relação à idade cronológica, ela equivale ao tempo de vida real do bebê, ou seja, passa a ser contada desde o dia em que ele nasceu. Se o bebê veio ao mundo em 1º de outubro, por exemplo, ele completará 2 meses de vida no dia 1ª de dezembro.
Já a idade corrigida é calculada em caso de prematuridade, ou seja, quando o bebê nasce antes de completar 37 semanas de gestação. Assim, é feito o cálculo para considerar a idade do bebê se ele tivesse nascido com 40 semanas. Caso o parto aconteça um mês antes do esperado, por exemplo, acrescenta-se um mês à idade cronológica do bebê.
8. Como fazer as contas para identificar a idade?
Como comentamos no tópico anterior, a idade corrigida nada mais é do que a idade cronológica do bebê menos a quantidade de semanas que faltaram para que a gestação completasse 40 semanas. Assim, o cálculo é feito somando a idade gestacional do nascimento (em semanas) ao tempo que passou após o parto. Se o nascimento do bebê ocorreu há 2 meses com 29 semanas de gestação, por exemplo, isso significa que a idade atual corrigida é de 37 semanas.
A conta ocorre da seguinte forma: 29 semanas de gravidez + 8 semanas desde o dia do parto = idade corrigida de 37 semanas. Na teoria, seria como se o bebê ainda tivesse 37 semanas de gestação e ainda nem houvesse nascido.
Assim, quando ele completar 4 meses de idade cronológica, a sua idade corrigida será de 2 meses. Ao fazer esse cálculo, o pediatra levará em conta o desenvolvimento do bebê como se ele tivesse 2 meses de vida, em vez de 4.
9. Por que utilizar a idade corrigida?
Entender a diferença entre os conceitos de idade cronológica e idade corrigida é importante para que o pediatra possa avaliar o desenvolvimento do prematuro. Com base na idade corrigida, ele será capaz de saber, por exemplo, se o peso e a altura do bebê estão de acordo com o que é esperado.
Além do desenvolvimento físico, o pediatra também vai avaliar de maneira mais adequada o desenvolvimento comportamental e intelectual do prematuro. Afinal, tais características podem ser distintas do padrão de um bebê nascido com 40 semanas.
Ao usar a idade corrigida como base para as avaliações, não será exigido do bebê prematuro o mesmo tempo para começar a andar, falar ou engatinhar que um bebê nascido a termo. Também é importante ressaltar que, mesmo seguindo a idade corrigida, é comum que o bebê que nasceu prematuro fique abaixo dos padrões de crescimento considerados normais em relação ao peso, tamanho e perímetro cefálico.
Isso é ainda mais comum em bebês que apresentaram um crescimento intrauterino menor. Ao nascer, o fato de ser submetido a diversos tipos de adversidades quando se encontra na UTIN também poderá afetar o padrão de desenvolvimento do prematuro, o que não é considerado motivo para preocupação.
O conhecimento sobre a idade corrigida também é fundamental para que os pais não criem expectativas irreais sobre o desenvolvimento do bebê, como aconteceria ao considerar sua idade cronológica. Afinal, os prematuros são, na verdade, “mais novos” do que a idade que é considerada em relação ao seu nascimento.
10. Até quando a idade corrigida é utilizada?
A idade corrigida será usada pelo pediatra como base de avaliação até que o bebê complete, pelo menos, 2 anos de vida. Dessa forma, o acompanhamento dos marcos de desenvolvimento vai acontecer de maneira mais precisa. A cada fase em que o bebê prematuro adquirir uma nova habilidade, a avaliação não será feita apenas considerando sua idade cronológica, o que vai evitar que seja interpretado um atraso no desenvolvimento do pequeno.
Em geral, aos 3 anos de idade, não haverá nenhuma diferença no desenvolvimento do bebê prematuro em relação aos nascidos a termo. Porém, pode acontecer de alguns apresentarem atrasos no longo prazo.
Sendo assim, é fundamental que o acompanhamento com o pediatra seja mantido para que o bebê seja encaminhado para um atendimento especializado a qualquer sinal que indique essa necessidade. Também é importante evitar comparações com os outros bebês, já que cada criança é única e o desenvolvimento do seu filho vai se dar no tempo dele.
Como vimos ao longo deste artigo, são várias as causas e tratamentos que podem estar relacionados à prematuridade. Contudo, apesar da apreensão dos pais com o nascimento antes da hora prevista, os avanços da medicina e os cuidados especiais dispensados ao prematuro tornam cada vez maiores as chances de um desenvolvimento normal do bebê.
Lembrando que, como muitas vezes não é possível prever um acontecimento de prematuridade. Por isso, é importante criar um plano de parto com antecedência e entregá-lo na maternidade, listando tudo o que você gostaria que fosse feito ou evitado durante o nascimento do bebê.
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